Era como se o novelo fosse tecendo a roca
O fuso era o início do sol que se desenhava na boca ao sorrir
Nas mãos, as teias e os fios alegres brincavam aos dias felizes,
a surpresa da imagem e os indícios dos gestos
filtravam o brilho do linho e da luz.
Foi subindo o ardor, o sabor.
O trigo despenteado pelo vento deixava-se levar pela música azul e laranja.
Isaura M. Sousa