Era como se o novelo fosse tecendo a roca
O fuso era o início do sol que se desenhava na boca ao sorrir
Nas mãos, as teias e os fios alegres brincavam aos dias felizes,
a surpresa da imagem e os indícios dos gestos
filtravam o brilho do linho e da luz.
Foi subindo o ardor, o sabor.
O trigo despenteado pelo vento deixava-se levar pela música azul e laranja.
Isaura M. Sousa
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domingo, 29 de março de 2015
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Dias
A sério.
A religião dos dias e a transformação das cores.
A jeito de me pôr de fora, transpareço a claridade da raiz
A fenda rubra e a vertigem da flor.
Arde e é tarde para mim,
Babilónias e linhas
Árvores e rios e frios.
Os ares.
As faces e as mãos cheias de futuro.
Isaura M. Sousa
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